(sou) Branco encardido

Um dia, e faz tempo, falei pra uma amiga (negra): “aquela neguinha (criança) é tão linda!!!”. Não existia o politicamente correto. Falava-se aleijado, ao invés de deficiente físico, dizia-se aquele preto, o invés de afro-descendente (negro), entre outras afirmações cotidianas. Não se falava do respeito às raças (leia-se NEGRO). E essa amiga retrucou: “Você está sendo preconceituoso.” Espantei-me!!! Aleguei que se fosse (preconceituoso) eu não a teria como amiga (negra). E ela afirmou concluindo: “Você não fala... olha só aquela criança branquinha, fala???!!! Logo, ao citar a ‘neguinha’, você está sendo preconceituoso.” Pasmei!!!!!!!!!! Fiquei dias encabulado, pensativo e reflexivo. Revendo situações semelhantes ao acontecido. Era meu primeiro contato com o tema RACISMO. Lembrei que sempre falava aquele menino branquinho, aquele menino de cabelo de fogo (ruivo) e aquela neguinha (usava o termo neguinha(o) e não negrinha por costume regional da língua. Por conta de ser um BRANCO encardido (haja vista que tenho sangue de misturas de várias raças). E tendo como negros (visíveis) apenas vizinhos e parentes distantes. Tomei a “advertência amigável” como um aprendizado. Eu nunca fui preconceituoso, o que não é o caso de várias pessoas, ainda, nos dias de hoje.
Fico de cabelo em pé com discursos do tipo: Criar cotas raciais (em faculdade, trabalho e outros segmentos), comemorar o dia da consciência negra, entre outros assuntos. E agora com a criação do "Hino à Negritude" quase surtei!!!! Pois, imagino que serei processado por criar o “Hino à Brancura”!!! Ô “Fio”... Posso falar e fazer apologia ao sabão em pó OMO!!! Pois... este dá o branco total radiante!!! Continuo sem preconceito, porém muito mais atento a esses devaneios de oportunistas e seguidores da segregação racial ou “preconceito ao contrário” (do que mostra a história).
A medida - proposta por mais um deputado oportunista do Partido do presidente Luiz Inácio no Projeto de Lei 2445/07 - foi aprovada em caráter conclusivo. Já aprovado pela Comissão de Educação e Cultura, o projeto seguiu para análise do Senado.

Tá bom... Eu sei que os negros foram torturados, escravizados, etc... Mas, não fui EU!!! Não foi minha geração!!! E tampouco minha família. Não sou um tolo que acha que preconceito não existe!!! E este existirá sempre, não só em relação aos negros!!! É só sair do Brasil e ver como o mundo enxerga os brasileiros. Tá bom... tá bom... tá mudando... Mas a passos lentos e quase sem vontade. Sempre existirá o preconceito com as diferenças, não??!! Pense... imagine uma coisa que você adora comer. Pensou???!!! Imagine saboreando essa delícia, visualizou??!!! Agora troque essa delícia por uma iguaria... tal como um escorpião, um verme, um inseto qualquer... ou até um cachorro!!!! Pense que está comendo isso!!! Arrrrgggg!!! Que nojeira, né???!! Nojeira pra mim, pra você... Mas para uma determinada cultura não é!! E por isso eu vou ter preconceito??!!! Discriminar??!!! Eles comem, eu não!!. Foram acostumados a isso. Eu não como, mas posso conviver, com essa diferença, sem mudar meu paladar!!! Reflexão simplista mas eficiente, não??!!

Espero que ninguém me processe por defender a minha aparente cor de pele.

“Hino à Brancura”
(Cante no ritmo do Hino à Bandeira)

Sou branquinho, alvinho, como a neve!!!
Salve lindo pendão da esperança!

E também como a nuvem do céu!!!
Salve símbolo augusto da paz!

Homem Nobre que olha pra frente
Tua nobre presença à lembrança

Escolhi ser um branco da paz.
A grandeza da Pátria nos traz.

Sou um branquinho encardido por misturas
Recebe o afeto que se encerra

De raças, credos e “opções”
em nosso peito juvenil,

Não critico, só vivo a minha vida
Querido símbolo da terra,

Minh’alma é a cor do Brasil!!!
Da amada terra do Brasil!

O meu peito agora se racha
Em teu seio formoso retratas

Cu’ma cegueira espantosa atróz
Este céu de puríssimo azul,

Que tonteira esses “besta exala”
A verdura sem par destas matas,

Separando o meu “ser” do meu “Eu”
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.

Sou um branquinho encardido por misturas
Recebe o afeto que se encerra

De raças, credos e “opções”
em nosso peito juvenil,

Não critico, só vivo a minha vida
Querido símbolo da terra,

Minh’alma é a cor... do Brasil!!!
Da amada terra do Brasil!

Fico pasmo ao ver tanto estrago
Contemplando o teu vulto sagrado,

De pessoas segregando valor
Compreendemos o nosso dever,

Eles são todos filhos sem almas
E o Brasil por seus filhos amado,

Nascem em cachos besteiras do ser!!
poderoso e feliz há de ser!

Sou um branquinho encardido por misturas
Recebe o afeto que se encerra

De raças, credos e “opções”
em nosso peito juvenil,

Não critico, só vivo a minha vida
Querido símbolo da terra,

Minh’alma é a cor do Brasil!!!
Da amada terra do Brasil!

Essa imensa bobagem segrega
Sobre a imensa Nação Brasileira,

Branco, preto ou qualquer outra cor,
Nos momentos de festa ou de dor,

Deus nos ouça santa ignorância
Paira sempre, sagrada bandeira

Nos “cubrindo” com seu imenso amor!!!
Pavilhão da justiça e do amor!

Sou um branquinho encardido por misturas
Recebe o afeto que se encerra

Com pensamento pueril,
em nosso peito juvenil,

Trabalho e pago impostos em minha terra
Querido símbolo da terra,

Mi’ha amada terra é o.... Brasil!
Da amada terra do Brasil!


Reforço o pedido:

Espero que ninguém me processe por defender a minha aparente brancura cor de pele, já que sou descendente de Português, índio, espanhol e da raça negra.